A Executiva do Podemos do Rio Grande do Norte reuniu seus filiados, membros do diretório estadual e parte dos pré-candidatos para discutir, em assembleia realizada neste fim de semana, quais serão os rumos da legenda nas eleições majoritárias de outubro.
Por maioria dos votos, ficou deliberado que o prazo final para o partido bater o martelo se terá candidato próprio na disputa pelo governo do Estado é até o próximo dia 19 de junho. A expectativa é de que até lá, o senador Styvenson Valentin (Podemos), principal nome da sigla, anuncie a sua intenção de concorrer ou não ao pleito contra a governadora Fátima Bezerra (PT).
Apesar do desejo do partido em construir uma possível chapa majoritária encabeçada por Styvenson Valentin para entrar na briga pelo Poder Executivo estadual, uma vez que o senador da República – mesmo sem ter feito anúncio formal de que entrará na disputa -, vem apresentando desempenho satisfatório nas pesquisas de intenção de votos, inclusive pontuando em 2º lugar, próximo à gestora petista que busca a reeleição do seu mandato. Contudo, Styvenson Valentin não compareceu à reunião do diretório potiguar do Podemos, enviando apenas um assessor.
Procurado pela reportagem do AGORA RN, nesta segunda-feira 13, às 13h41, para comentar sobre a determinação do Podemos, o senador Styvenson Valentin minimizou o assunto e limitou-se a dizer, “respondo já”. Porém, até o fechamento desta edição o senador do Podemos não respondeu às mensagens por aplicativo.
Segundo o presidente estadual do Podemos, advogado Felipe Madruga, “temos excelentes nomes de pré-candidatos para as eleições proporcionais. Eles cobram e aguardam definição sobre se teremos candidatura própria majoritária ou se abriremos diálogo com outros partidos. Por isso ficou estabelecida a data de 19 de junho”, ressaltou.
Senador espera relatório sobre finanças do RN para decidir se será candidato a governador
Em reportagem publicada pelo AGORA RN, no último dia 6, o senador Styvenson Valentim afirmou que aguardava conclusão de um relatório sobre a situação financeira dos cofres públicos do governo do Estado para decidir se será candidato a governador do Rio Grande do Norte nas eleições de outubro. Ele disse que o documento trará um diagnóstico das realidades fiscal e orçamentária do Estado e, baseado nesses dados, terá uma palavra final sobre a possibilidade de concorrer ao governo ou não.
O senador de primeiro mandato afirmou que não pode entrar na disputa eleitoral sem saber do real diagnóstico do Rio Grande do Norte, para poder propor saídas possíveis. “É a mesma coisa de fazer um planejamento policial”, compara o senador, que é capitão da reserva da Polícia Militar e foi coordenador da Operação Lei Seca, onde ganhou notoriedade antes de ser eleito senador, em 2018.
E, caso se decida por apresentar seu nome como uma “opção” aos eleitores potiguares, ele já o fará com um plano de governo que será dito à população durante a campanha, garantiu. No entanto, reclamou que a conclusão do estudo tem esbarrado na “falta de transparência, por parte da administração da governadora Fátima Bezerra” que busca a reeleição ao lado de Walter Alves (MDB) e Carlos Eduardo Alves (PDT).
Styvenson disse que ofícios não são respondidos ou que a resposta tem sido incompleta, o que dificulta a real compreensão da realidade financeira do Rio Grande do Norte. “Leva tempo, porque precisa de resposta do Estado. Mando ofício, aí demoram para responder, respondem incompleto. Parece que não quer dar ou que está fazendo um favor dando a informação. É obscuro o acesso às contas públicas do Estado”, explicou.
O senador, que tem aparecido em 2º lugar em algumas pesquisas de intenção de votos, ressaltou que é preciso uma ampla reforma administrativa para que haja o equilíbrio financeiro do Estado. “É preciso fazer uma reforma administrativa para dar uma reorganizada na estrutura pesada. Tem que fazer. É um vespeiro gigante. Por isso é preciso ter respaldo popular. Meu pensamento não é na campanha, e sim na possível administração”, pontuou.
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