Após investigações, a Polícia Civil descobriu que o árabe
preso na Paraíba suspeito de falsificação de documentos para imigração possui
vinculação com grupos extremistas. De acordo com o delegado Lucas Sá, da
Delegacia de Defraudações e Falsificações, foram encontradas muitas provas no
celular do suspeito que comprovam a vinculação com grupos extremistas.
A audiência de custódia dos suspeitos foi adiada porque a
defesa exigiu a presença de um tradutor da língua árabe. A embaixada da Arábia
Saudita foi acionada e enviará um tradutor. O Cônsul da Arábia Saudita está a
caminho de João Pessoa para acompanhar a audiência de custódia dos suspeitos,
que tiveram sua prisão convertida em preventiva.
A Delegacia de Defraudações e Falsificações ainda acionou
a Interpol para consulta dos suspeitos no âmbito internacional e a Polícia
Federal para que seja iniciado o processo de expulsão dos estrangeiros. Também
foi comunicado o Consulado dos Estados Unidos em Recife para verificar se os
suspeitos possuem alguma relação com grupos terroristas, que ainda não
confirmada até o presente momento.
No telefone celular do suspeito foram encontradas mais de
5 mil fotos ou vídeos, de acordo com o delegado. Em conversas encontradas no
smartphone também há detalhes das negociações feitas para a falsificação dos
documentos.
Também ficou evidente a concretização de esquemas com
cartórios e funcionários públicos para efetivar a falsificação dos documentos.
A movimentação bancária em nome do suspeito supera U$ 10 milhões, ainda de
acordo com a investigação da Polícia Civil.
Saleh Alderaibi, de 41 anos, o iraquiano Feras Ali
Haussn, de 43 anos, e o despachante Sandro Adriano Alves, 43 anos, de São
Paulo, foram presos em João Pessoa na última quarta-feira (21). Eles são
suspeitos de integrar uma quadrilha internacional especializada em falsificar
documentos para facilitar imigrações. O paulista Sandro já havia sido preso
anteriormente por formação de quadrilha, falsidade ideológica, uso de documento
falso e descaminho.
Fonte: ClickPB
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