21/07/2019

SITE PARANAENSE,PARCEIRO DO UOL,DIZ QUE DESCOBRIU A " TRILHA DO HACKER DO INTERCEPT " E MOSTRA ENVIO DE INFORMAÇÕES



O site AgoraParaná, parceiro do portal UOL, postou uma notícia falsa em uma suposta reportagem assinada por Oswaldo Eustáquio e Hugo Alves. O texto diz que encontrou a “trilha do hacker do Intercept”, mas só mostra um procedimento comum de envio de informações de fontes anônimas ao site fundado por Glenn Greenwald.

A página abre o texto com frases sensacionalistas e desconexas: “A trilha do Hacker do Intercept Brasil nos levou ao inferno do The Intercept Brasil, a parte mais obscura da internet, mesmo local onde terroristas nesta semana ameaçaram de morte o presidente Jair Bolsonaro e a Ministra Damares Alves. Mais do que isso, fizemos a trilha. Uma fonte que não será revelada neste momento nos deu o mapa e os caminhos percorridos pelo hacker do Intercept e vamos mostrar passo a passo para você. Greenwald mantém um site secreto na Deeb Web e um manual de como cometer crimes. Pior, ele ensina com detalhes como não ser pego por agentes e cometer vazamentos de documentos públicos, dessa forma, se torna cúmplice de um dos crimes virtuais mais emblemáticos da história do Brasil. O ambiente rasteiro do Intercept não deixa rastros. O jornalista tem o sigilo da fonte, mas não pode se envolver nos crimes e neste caso, Greenwald é parte dele. Há um mês investigando os crimes explícitos do site The Intercept Brasil e de Glenn Greenwald, depois de gravar os jornalistas do site na cafeteria Starbucks em São Paulo, furar o bloqueio no Senado, de forma legal, e gravar Greenwald e seu marido David Miranda após a sabatina em Brasília e obter a confissão em que o fundador do site admite a veracidade dos áudios gravados em que Leandro Demori, editor executivo, admite a adulteração dos diálogos de Moro e de membros da Lava jato, a reportagem fez o caminho do Hacker e descobriu um ambiente perigoso, que passa distante do jornalismo, mas se utiliza-se dele para cometer crimes em parceria com bandidos, que podem se identificar apenas com codinomes”.Oswaldo Eustáquio, autor do texto do AgoraParaná que faz sensacionalismo com o “hacker do Intercept”. Foto: Reprodução

Em seguida, o AgoraParaná denuncia como algo inédito uma simples transferência de informações sigilosas para jornalistas como se fosse um furo: “Qualquer pessoa pode ter acesso ao inferno do Intercept, mas eles avisam que seu endereço ficará registrado e dão dicas de como cometer crimes de vazamentos. Eles orientam o criminoso a se dirigir a uma cafeteria e baixar no computador um navegador que esconde o endereço IP da máquina, o Thor. Veja um trecho do inferno do Intercept: ‘Conecte o seu computador pessoal a uma rede Wi-Fi que não esteja associada a você ou a seu empregador, como em uma cafeteria, por exemplo. Baixe o Navegador Tor. (O Tor permite que você fique on-line sem revelar seu endereço IP aos sites que você visita.). Dentro do Tor, acesse o nosso servidor com SecureDrop no endereçohttp://intrcept32ncblef.onion/?l=pt_BR. Este é um tipo especial de URL que só funciona no Tor. (Importante: não digite essa URL em um navegador que não seja Tor. Ela não funcionará – e sua tentativa ficará registrada.) Então, siga as instruções para enviar sua mensagem ou fazer o upload de documentos’. Greenwald orienta que o crime não pode deixar rastros. O site fundado pelo americano diz ainda que o produto do crime pode ser enviado pelo correio, mas alerta que investigadores podem seguir os rastros. Veja”.

No Twitter, o texto virou piada.



 “O que você ‘revelou’ já foi publicado pelo The Intercept”, diz outro internauta para Oswaldo Eustáquio, o autor desse “furo jornalístico” que não é furo.









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