27/01/2021

PRESIDENTE BOLSONARO IRONIZA: “Em 2014, Dilma comprou mais do que eu”




O presidente Jair Bolsonaro reclamou, durante almoço com apoiadores numa churrascaria na Vila Planalto, em Brasília, nesta quarta (27/1) das críticas que vem recebendo desde que o Metrópoles publicou, no domingo (24/1), reportagem sobre os gastos do governo federal com alimentação. O presidente foi filmado enquanto discursava, ladeado pelo ministro Ernesto Araújo e por outros apoiadores, como o presidente do PTB, Roberto Jefferson. O vídeo foi divulgado inicialmente pelo jornalista Samuel Pancher, no Twitter.

“Quando vejo a imprensa me atacar dizendo que comprei 2 milhões e meio de latas de leite condensado… Vai pra puta que o pariu, imprensa de merda! É pra enfiar no rabo de vocês da imprensa essas latas de leite condensado”, xingou Bolsonaro. O presidente também disse que vai levar o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, para sua live no Facebook de amanhã, quinta (28/1), para “demonstrar” que todos os gastos foram regulares e contar que a ex-presidente Dilma Roussef (PT) teria gastado mais do que ele comprando leite condensado em 2014.

Por meio do Painel de Compras do Ministério da Economia, base utilizada pelo Metrópoles para mostrar que o governo gastou mais de R$ 1,8 bilhão em alimentos e bebidas no ano passado, essa comparação não é possível, porque só há dados de 2018 em diante.
A história

Em 2020, o governo federal gastou R$ 15 milhões em leite condensado, dos quais R$ 14,2 milhões foram para o Ministério da Defesa e R$ 1 milhão teve como destino o da Justiça.

Em seu canal do Telegram, o presidente compartilhou mais cedo trecho de um texto para justificar as despesas com o produto.

“Os maiores compradores da iguaria são o Ministério da Defesa e a Funai, por um motivo comum: em locais distantes e pouco acessíveis, não é viável o transporte e o armazenamento de leite fresco, que estraga rapidamente”, diz a mensagem.

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