10/01/2023
Autoridades potiguares criticam atos de vandalismo
Os atos de vandalismo praticados por extremistas em Brasília no último domingo (8) provocou reação imediata nas autoridades. No Rio Grande do Norte, o senador diplomado, Rogério Marinho (PL) foi um dos que repudiaram as invasões que ocorreram nas sedes do Supremo Tribunal Federal (STF), do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto, destacando que “a democracia não admite a depredação e a barbárie”. A governadora Fátima Bezerra (PT) cobrou uma rigorosa investigação e punição aos culpados, enviou efetivo do estado para atuar em Brasília durante a intervenção federal e garantiu que a forças policiais cumpririam com a dissolução de acampamentos bolsonaristas montados em áreas militares do estado.
Há a preocupação da classe política em identificar os extremistas. Rogério Marinho ressaltou que esses não devem ser confundidos com militantes de direita e conservadores que sempre se opõem, como ele, a essas práticas violentas. “A democracia não admite a depredação e a barbárie. Manifestações pacíficas como vinham ocorrendo até agora são bem-vindas e fazem parte do jogo democrático. A violência é condenável. Impedir o direito de ir e vir, depredar patrimônio público ou privado são crimes e têm que ser tratados como tal”, escreveu em suas redes sociais ainda no domingo.
Ele alertou que as invasões enfraquecem a oposição e tiram a razão de quem está legitimamente indignado. “Os autores dessa depredação e invasão de prédios públicos devem ser responsabilizados, para que não se confunda a ação de radicais com a ampla maioria de brasileiros que não votaram no PT e estão irresignados e insatisfeitos, porém se mantém dentro da lei”, continuou.
Além disso, destacou que as ações de vândalos terminam justificando o injustificável, ou seja, “causarão o recrudescimento de medidas excepcionais que relativizam a constituição e atacam liberdades individuais.”
A reação ocorre depois que manifestantes apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro foram à capital da República no domingo quando, alguns grupos invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal, destruindo o que encontravam pela frente, como janelas de vidro, mobília, equipamentos, documentos e obras de artes. Inclusive, há suspeitas de que furtaram armas letais e não letais do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Eles estavam na capital do país para, uma vez, protestar contra o resultado das eleições que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para suceder Bolsonaro e, por essa razão, pedir uma intervenção federal e a anulação das eleições que, mesmo sem provas, acreditam ter sido fraudadas. Além disso, também criticam decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) contra bolsonaristas que têm se excedido com a divulgação de informações falsas, ataques ao sistema eleitoral ou em ações violentas durante protestos.
FONTE: TRIBUNA DO NORTE
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