20/07/2023

Walfredo Gurgel, Santa Catarina e mais 4 serviços são afetados por greve




Os servidores estaduais da saúde do Rio Grande do Norte iniciaram, na manhã da última quarta-feira (19), movimento grevista, por tempo indeterminado, resultando na redução dos atendimentos nos hospitais públicos espalhados pelo Estado. Em Natal, o Walfredo Gurgel, Santa Catarina, João Machado, Maria Alice Fernandes, Hemonorte e o CRI (Centro de Reabilitação Infantil) aderiram à paralisação. A greve abrange todas as categorias, menos os médicos, incluindo enfermagem, técnicos de raio-x, serviço social e fonoaudiólogos.
Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, nesta quarta-feira, a coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde-RN), Rosália Fernandes, explicou que, apesar da greve, os serviços de urgência e emergência não serão fechados, no entanto, haverá redução nos atendimentos.


“Somos os serviços de urgência e emergência, a gente não pode fechar os serviços, o que a gente faz é uma redução dos atendimentos. Por exemplo, no Centro de Tratamento de Queimados, o ambulatório, que normalmente funciona em três dias da semana, será reduzido para apenas um dia, atendendo apenas os casos mais críticos. A quantidade de trabalhadores será reduzida, consequentemente, afetando as UTIs e o pronto-socorro. Além disso, não serão realizados todos os procedimentos habituais”, ressaltou.


Entre as reivindicações dos servidores, de acordo com o SindSaúde-RN, estão a reposição das perdas salariais de 21,87% para a saúde, implementação e pagamento do adicional dos técnicos de Radiologia, reenquadramento respeitando o tempo de serviço, convocação do cadastro de reserva e a realização de novo concurso público, além da implementação das mudanças de carga horária de 30 horas para 40 horas.


Segundo a coordenadora, no Hospital Walfredo Gurgel, que já enfrenta superlotação, com pacientes espalhados pelos corredores, haverá redução e lentidão nos procedimentos, especialmente no centro cirúrgico, devido à ausência de alguns técnicos de enfermagem e outros profissionais. Isso resultará em uma quantidade menor de salas disponíveis para realizar cirurgias, devido à falta de pessoal suficiente para atender à demanda como em um dia normal.

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